Você sabe o que é um linfoma? Essa doença é um tipo de câncer que se instala nas células do sistema imunológico, responsável pela defesa do corpo.
Embora seja considerado raro, ela atinge, em média,12 mil pessoas no Brasil anualmente. Conhecer suas características é a melhor maneira de se prevenir e procurar um médico quando necessário.
Nesse sentido, falaremos a seguir sobre o que é um linfoma e quais são seus principais tipos e sintomas. Depois, explicaremos sobre como é feito o diagnóstico e o tratamento da doença. Acompanhe!
O que é um linfoma?
O sufixo “oma” é utilizado, na medicina, para especificar tumores.
O prefixo “linfo”, por sua vez, remete às células que são acometidas por esse tipo de câncer: os linfócitos.
Essas células são como os “soldados” do organismo, que atuam combatendo infecções e outros agentes agressores no nosso corpo.
Como todo câncer, o linfoma ocorre por uma proliferação anormal e descontrolada das células.
Quando isso acontece, elas param de cumprir o seu papel no organismo e começam a agredi-lo, muitas vezes configurando quadros letais.
Um dos principais locais onde os linfomas se manifestam é o pescoço. Já reparou que, todas as vezes que pega um resfriado ou uma infecção de garganta, ínguas crescem nessa região?
Essas estruturas são os linfonodos, onde ficam localizados os linfócitos e outras células do sistema imune. Esse inchaço, na maioria das vezes, é normal e está relacionado ao combate da infecção.
No entanto, quando isso acontece sem infecção ou trauma prévio, é necessário tomar cuidado: ele pode ser decorrente de um processo neoplásico — ou seja, de formação de câncer — e ser mais grave.
Falaremos sobre os principais tipos de linfoma a seguir:
Linfoma de Hodgkin
Esse nome é dado a doença em uma homenagem a Thomas Hodgkin, o primeiro médico a descrever a condição. As áreas do corpo que podem ser acometidas são o pescoço, as axilas ou a virilha.
Além do inchaço característico, a pessoa pode sentir coceiras, cansaço, febre, suores noturnos e perda de peso. Antecedentes familiares e infecção pelo HIV são fatores de risco para esse linfoma.
Linfoma não-Hodgkin
Nesse tipo estão enquadrados todos os linfomas que não pertencem ao primeiro grupo. A diferença é puramente laboratorial: é necessário colher uma biópsia do linfonodo para análise de um patologista para se dar o diagnóstico. Não é possível, portanto, classificar a doença apenas com um relato dos sintomas.
Os locais afetados pelo linfoma não-Hodgkin são semelhantes aos do Hodgkin.
No não-Hodgkin, no entanto, é mais rara a ocorrência de sintomas, como febre e sudorese noturna. Além disso, seus fatores de risco estão mais relacionados à exposição química, como pesticidas e fertilizantes.
Quais os seus sintomas?
Quando a doença está mais localizada, o principal sintoma do linfoma é o inchaço do linfonodo.
Essa ocorrência geralmente não está relacionada a infecções ou traumas prévios, e tem características um pouco diferentes: o inchaço pode ser mais endurecido e pouco móvel, em alguns casos também causando dor quando palpado.
Quando a doença começa a progredir, outros sintomas aparecem. Sudorese noturna, perda de peso involuntária e febres indicam um acometimento menos localizado do linfoma.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do linfoma, seja Hodgkin, seja não-Hodgkin, é exclusivamente médico.
Além da importância da avaliação clínica, também é necessária uma verificação patológica da doença: quando há uma suspeita, é necessário colher uma biópsia do local e enviar para uma averiguação laboratorial.
A verificação do laboratório não apenas é importante para o diagnóstico, como também para a classificação. É por meio dela que é possível saber qual o tipo do linfoma e detalhar quais células estão doentes para direcionar melhor o tratamento.
Como o linfoma pode ser tratado?
O tratamento para o linfoma não é uma receita de bolo. Ele deve levar em consideração a situação individual de cada paciente e variáveis, como idade e tipo do câncer. Geralmente deve ser acompanhado por um oncologista ou um hematologista.
A detecção precoce da doença é muito importante para a recuperação. Casos descobertos ainda nos primeiros meses de evolução têm uma taxa de cura muito alta; linfomas descobertos já avançados — com metástases ou infiltração, por exemplo — tendem a responder pior ao tratamento.
O tipo do tumor também é importante no prognóstico: linfomas não-Hodgkin, embora apresentem normalmente menos sintomas, tendem a ser mais agressivos.
Para você entender melhor, a seguir falaremos sobre as diferentes modalidades de tratamento para o linfoma.
Veja:
Quimioterapia
Considerada no imaginário popular como o tratamento clássico para o câncer, a quimioterapia tem um papel fundamental no linfoma. Ela é constituída por medicamentos que retardam a proliferação celular, impedindo a progressão da doença e facilitando o seu combate. Dentre seus principais efeitos colaterais estão a queda de cabelo, imunossupressão e diarreia.
Radioterapia
A radioterapia consiste em focalizar um feixe de raios ionizantes em uma área específica. Esse direcionamento agride as células do corpo humano, destruindo-as. Assim, como as áreas afetadas pelo linfoma são danosas ao corpo humano, a radioterapia pode ser eficaz no combate à doença.
Imunoterapia
Considerada como uma novidade no tratamento ao linfoma e outros cânceres, a imunoterapia consiste no preparo do sistema imunológico. Ela é feita por meio de vacinas ou anticorpos monoclonais, que ativam as células de defesa. Essas, por sua vez, atacam as células defeituosas do linfoma, protegendo o indivíduo de seus efeitos deletérios.
Transplante de células-tronco
Essa modalidade também é uma novidade da medicina, que pretende revolucionar a terapia de várias doenças. Para casos específicos de linfoma, o transplante de células imaturas do sangue pode preparar o corpo para combater melhor o câncer.
O mais comum, o transplante de medula óssea, ocorre destruindo a medula do paciente e substituindo-a por uma saudável.
Dada a grande diversidade de doenças que se encaixam em sua definição, o linfoma já pode ser considerado uma categoria.
Seja qual for a sua classificação, é primordial que você saiba o que é um linfoma para se precaver o mais cedo possível. Lembre-se que, quanto mais precoce o diagnóstico, melhores as chances de tratamento.
Está com algum dos sintomas? O Dr. Homero Ferraro é Cirurgião de Cabeça e Pescoço e atende na capital paulista, e está preparado para tirar suas dúvidas. Entre em contato!